Rota 262 – O Grupo Rota é um grupo de caminhoneiros empenhado em seu serviço. Tendo como principal função e característica atravessar o Brasil, seja de norte a sul ou de leste a oeste, as rodovias, principal meio de locomoção do nosso país, podem ser diferenciadas e classificadas de duas maneiras, veja isso e muito mais nesse artigo.
No artigo a seguir você encontrará os seguintes tópicos:
- Grupo Rota;
- O Transporte rodoviário;
- Os piores trechos rodoviários do Brasil;
- Classificação das rodovias;
- A BR-262;
- A importância dos caminhoneiros;
Grupo Rota – Rota 262
O Grupo Rota 262 é um grupo de caminhoneiros empenhado em seu serviço. A BR-262 é uma rodovia transversal brasileira que interliga os estados do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo. Começando em Vitória, capital do Espírito Santo, passa por cidades importantes como Belo Horizonte, Uberaba, Araxá, Manhuaçu, Três Lagoas e Campo Grande, além de terminar junto à fronteira com a Bolívia, em Corumbá, no estado do Mato Grosso do Sul.
O Transporte rodoviário – Rota 262
Com pouco investimento no transporte ferroviário, o transporte rodoviário apareceu como o principal sistema logístico do Brasil, contando com uma extensa quantidade de estradas e rodovias que cortam o país de norte a sul e leste a oeste. No total, acabam por ser cerca de 56% de todas as cargas movimentadas no território brasileiro, locomovidas pelos 1.610.076 quilômetros de estradas e rodovias nacionais.
É a quarta maior estrutura rodoviária do mundo, servindo como principal meio de transporte de cargas e passageiros em todo o tráfego do país. A importância desse tipo de transporte se dá desde o início da república, pois ali os governos já começaram a priorizar o transporte rodoviário em detrimento ao ferroviário e fluvial.
O Brasil é o quinto maior mercado da indústria automobilística mundial hoje em dia, com cerca de 10 mil quilômetros do seu sistema rodoviário sendo compostos por autoestradas, principalmente no estado de São Paulo.
O fato de São Paulo entrar aqui como fundamental para o tamanho de todo o sistema rodoviário brasileiro não é coincidência. Essas trilhas que hoje conhecemos como rodovias, foram a base da exploração do território feita pelos bandeirantes paulistas, por exemplo, nos séculos XVII e XVIII. Hoje, tornaram-se caminhos para as principais estradas brasileiras, como a BR 040, BR 381, BR 262, dentre outras.
Os piores trechos rodoviários do Brasil – Rota 262
O programa de integração do território brasileiro, feito tendo como base a criação de rodovias que cortam o país, não levaram em consideração uma série de fatores: o crescimento absurdo da população brasileira, o aumento da frota de veículos e da produção agrícola e industrial (motivando o aumento no tráfego de veículos de carga). Além disso, há construções que não são ideais quando relacionamos essas estradas com as intempéries e características climáticas de cada região.
Isso tudo faz com que um número considerável de estradas brasileiras esteja em péssimo estado de conservação, não suportando da maneira adequada a quantidade de veículos que ali trafegam diariamente.
Muitas pessoas trabalham ao volante, se locomovendo por essas rodovias diariamente, fazendo com o essa atividade possa se transformar em um pesadelo. Confira os dez piores trechos de rodovias do Brasil de acordo com a Confederação Nacional do Transporte- CNT :
- 10º Lugar – Belém PA – Guaraí TO (Rodovias: BR 222, PA 150, PA 151, PA 252, PA 287, PA 447, PA 475, PA 483, TO 336)
- 9º Lugar – Barracão PR – Cascavel PR (Rodovias: BR 163, PR 163/ BR 163, PR 182/ BR 163, PR 582/ BR 163)
- 8º Lugar – Marabá PA – Wanderlândia TO (Rodovias: BR 153, BR 230, PA 153/ BR 153)
- 7º Lugar – Brasília DF – Palmas TO (Rodovias: BR 010, DF 345/ BR 010, GO 118, GO 118/BR 010, TO 010, TO 050, TO 050/BR 010, TO 342)
- 6º Lugar – Teresina PI – Barreiras BA (Rodovias: BR 020, BR 135, BR 235, BR 343, PI 140, PI 141/BR 324, PI 361)
- 5º Lugar – São Vicente do Sul RS – Santana do Livramento RS (Rodovias: BR 158, RS 241, RS 640)
- 4º Lugar – Rio Verde GO – Iporá GO (Rodovia: GO 174)
- 3º Lugar – Marabá PA – Dom Eliseu PA (Rodovia: BR 222)
- 2º Lugar – Jataí GO – Piranhas GO (Rodovia: BR 158)
- 1º Lugar – Natividade TO – Barreiras BA (Rodovias: BA 460, BA 460/BR 242, TO 040, TO 280)
Classificação das rodovias – Rota 262
Tendo como principal função e característica atravessar o Brasil, seja de norte a sul ou de leste a oeste, as rodovias, principal meio de locomoção do nosso país, podem ser diferenciadas e classificadas de duas maneiras. Rodovia transversal é a denominação recebida pelas rodovias federais brasileiras que cruzam o país no sentido leste-oeste. A quilometragem dessas rodovias é sempre medidas a partir desse parâmetro. Na nomenclatura, essas rodovias aparecem como BR-2XX – o algarismo dois sendo fixo, o que diferencia do outro tipo de rodovia.
Os algarismos restantes são determinados de acordo com o trecho que ela está localizada no país. Lista de rodovias transversais: BR-210, BR-222, BR-226, BR-230, BR-232, BR-235, BR-242, BR- 251, BR-259, BR-262, BR-265, BR-267, BR-272, BR-277, BR-280, BR-282, BR-283, BR-285, BR- 287, BR-290, BR-293.
Rodovia radial é a denominação que recebem as rodovias federais do Brasil que partem de Brasília em direção às variadas extremidades do país. Essas, pelas regras de nomenclaturas das rodovias federais, são identificadas pelo primeiro algarismo sendo o 0.
Existe também as rodovias diagonais, que cortam o país nos sentidos noroeste-sudeste ou nordeste-sudoeste (algarismo que define nomenclatura é o 3), além das rodovias de ligação, que unem duas rodovias federais entre si – ou uma rodovia a alguma localidade próxima, ou às fronteiras internacionais, ou, ainda, que não se enquadram nos outros tipos. O algarismo fixo para identificação é o 4.
A BR-262 – Rota 262
A BR-262 é uma rodovia transversal brasileira que interliga os estados do Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Espírito Santo. Começando em Vitória, capital do Espírito Santo, passa por cidades importantes como Belo Horizonte, Uberaba, Araxá, Manhuaçu, Três Lagoas e Campo Grande, além de terminar junto à fronteira com a Bolívia, em Corumbá, no estado do Mato Grosso do Sul.
Sua maior extensão é passando pelo estado de Minas Gerais: são 998.8 quilômetros, seguidos por 783 km no Mato Grosso do Sul, 316.7 km em São Paulo e, por fim, 195.5 km no Espírito Santo. Esse trecho paulista ainda não é reconhecido, mesmo sendo, aparentemente, esse traçado coincidente com o da SP-310.
Até 1964, no sistema antigo de numeração das rodovias federais, a atual BR-262 era conhecida como BR-31. O asfaltamento do trecho entre Belo Horizonte e Vitória foi concluído apenas em 1968. Entre Campo Grande e Corumbá (cidade do interior do Mato Grosso do Sul), o asfalto só chegou anos depois, já em 1996. Infelizmente, essa é uma BR que marca um número elevado de acidentes.
Em 2009, por exemplo, foram registradas 280 mortes em 9614 acidentes na rodovia – dessas, 138 mortes e 2159 feridos em 2975 acidentes correspondem apenas ao trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares. Em 2010, um número ainda mais assustador entre os dias 23 e 25 de junho. Apenas nesses três dias, foram 17 mortes nesse percurso entre Belo Horizonte e Governador Valadares.
A importância dos caminhoneiros – Rota 262
Como já foi mencionado, o Brasil é predominantemente usuário do transporte rodoviário para a locomoção de cargas pelo território. 58% das mercadorias que circulam pelo país é responsabilidade do transporte de carga nessas estradas, ficando fácil entender o tamanho da importância desse setor para a economia.
Os caminhoneiros se transformam em peças chave para todo o funcionamento do país, como bem vimos nesse movimento realizado pelos mesmos agora em 2018. Sem esse trabalho, o país rapidamente entra em uma situação caótica, deixando estabelecimentos comerciais e outros ramos sem as demandas necessárias para suas atividades no dia a dia. O impacto é muito grande e, apesar de óbvio, não é muito notado pela população.
Para se ter uma noção, o Brasil conta com uma frota de caminhões que ultrapassa os dois milhões, segundo relatório do mês de abril de 2016 do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Em relação ao transporte de cargas no sistema rodoviário, de acordo com dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), existem mais de 600 mil registros de transportadores autônomos no país.
Essa grande quantidade de caminhoneiros são responsáveis pela movimentação de itens fundamentais para o abastecimento das comunidades. Já existiam depoimentos que destacavam que uma ausência de caminhoneiros no país poderia levar o território ao caos, e essa greve acontecida em 2018 veio apenas para confirmar essa tese.
Motivados pelo alto preço do combustível, os caminhoneiros pararam nas rodovias e estradas espalhadas pelo Brasil, causando efeitos que atingiram muitas pessoas. Não só deixaram os postos sem combustível, mas estabelecimentos das mais diversas especialidades ficaram sem receber suas demandas necessárias para o dia a dia – supermercados e até hospitais foram fortemente afetados. As consequências foram tantas que em muitos lugares foi decretado ponto facultativo, além de aulas serem suspensas desde escolas, até universidades.
Os caminhoneiros são profissionais dedicados e comprometidos, que passam dias e mais dias longe de suas famílias, fazendo o país funcionar. Em muitas oportunidades ainda estão trabalhando sob condições precárias e correndo sérios riscos, graças às condições das rodovias do Brasil já mencionadas nesse artigo.
Eles enfrentam essas situações desfavoráveis, falta de segurança nas vias e até o número inexpressivo de vias duplicadas – que colaboram para um tráfego ainda pior e maiores riscos de acidentes – e só agora que a população percebeu a sua importância no cotidiano nacional. É um setor que movimenta o Brasil e deveria receber mais atenção na hora da separação dos investimentos, pois os caminhoneiros enfrentam diariamente desafios, com a finalidade de movimentar a economia do Brasil.