Reprogramação Mental – “A mente que se abre a uma nova ideia jamais retorna ao seu tamanho original”. A famosa frase atribuída ao físico alemão Albert Einstein cabe em diversos contextos e diz muito sobre a capacidade da mente humana se reorganizar, adquirir novos hábitos e conhecimentos e como isso pode influenciar na vida cotidiana. O nosso sistema nervoso possui uma capacidade chamada “plasticidade neuronal”.
Esse termo trata sobre a competência que as células desse sistema (os neurônios) têm para aprender novos comandos e se adaptar a novas experiências. Quanto mais exercitada, mais essa capacidade ganha em eficiência, por isso trabalhar a mente é também um exercício de fundamental importância!
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Como funciona a nossa mente?
A estrutura básica de funcionamento mental é o neurônio, a célula do sistema nervoso. Os neurônios funcionam em cadeia, conectados uns aos outros e são os responsáveis por transmitir impulsos elétricos que carregam informações do cérebro ao resto do corpo. Você já imaginou que poderia caminhar por toda sua casa de olhos fechados? Ou mesmo se pegou fazendo algo de forma automática, sem precisar pensar muito? Isso acontece porque essa rede de neurônios é capaz de armazenar as informações repetidas muitas vezes, tornando hábitos e conhecimentos automatizados.
Apesar dessa capacidade e tendência mental de tornar as ações cotidianas padronizadas, a mente humana tem uma grande capacidade de readaptação e abertura a novas ideias, mas para isso é preciso estar no controle e promover essa mudança.
O que é reprogramação mental?
Em uma primeira instância, a reprogramação mental é justamente tomar o controle da própria mente. A capacidade de perceber o que está sendo feito de forma automática é essencial para que o funcionamento da lógica de pensamento se altere, criando uma abertura para novas ideias. Trata-se de eliminar os esforços infrutíferos e dar espaço a um fluxo de informações com os objetivos almejados.
A reprogramação mental é importante para conseguir objetivos que não estão sendo alcançados com as ações que vem sendo executadas. Todas as pessoas estão de algumas formas inseridas em uma lógica de rotina. Essa lógica envolve uma série de hábitos e atitudes tomados de maneira repetitiva, que tende a se tornar automática.
Se uma pessoa almeja um novo objetivo ou alterar um comportamento que vem acontecendo com uma frequência indesejada é interessante que ela esteja disposta a realizar uma reprogramação mental, percebendo onde está inserido esse comportamento e se esforçando para alterá-lo ou substituí-lo por uma nova postura. Existem várias técnicas que auxiliam no processo de reprogramação mental. A maioria delas envolve:
- Um tempo de calma e reflexão sobre sua atual programação.
- O estabelecimento da nova meta e sua fixação (isso pode ser feito repetindo o objetivo ou mesmo o dizendo em voz alta).
- Traçar um plano com as formas e técnicas para alcançar o objetivo desejado.
- Executar o plano traçado, fazendo com que os neurônios percebam de forma efetiva que esse é o novo padrão.
- Perceber como está o processo, vislumbrar a conclusão do objetivo ou alterar alguma fase do percurso.
O que é mindset?
Mindset é um termo em inglês, que une as palavras mind (mente) e setting (configuração), portanto, como a própria origem da palavra sugere, trata-se da configuração mental. E como uma mente é configurada?
Cada pessoa possui uma série de hábitos, crenças, valores, história, criação familiar, personalidade e uma série de outros fatores que influem na forma de perceber o mundo e que guia as ações de acordo com os estímulos oferecidos pelo ambiente. Em resumo esses são os fatores configurantes do mindset de uma pessoa. Os estudiosos e profissionais das áreas que trabalham com a mente costumam utilizar a metáfora de um mapa para tratar sobre o mindset. Um mapa permite que alguém se localize em um território desconhecido, de certa forma é isso que faz o mindset de uma pessoa.
Existem várias categorias de mapas, mapas de trânsito, mapas de geografia política, mapas de relevo, mapas de calor, mapas climáticos, mapas de turismo, mapas demográficos e muitos outros mais. Cada um dos mapas citados possui uma aplicação útil, mas todos só funcionam quando adequados a uma situação específica. Por exemplo, para quem deseja chegar a algum endereço dentro de uma cidade, um mapa de relevo não tem nenhuma função efetiva, ao passo que um mapa de trânsito conseguiria solucionar o problema facilmente. Trabalhar o mindset consiste em organizar todos esses “mapas” existentes na mente e utilizá-los de forma eficiente de acordo com o contexto.
É interessante que se tenha uma grande quantidade de formas de perceber o mundo à volta e que essas formas sejam constantemente trabalhadas, melhoradas e, se necessário até alteradas, otimizando essas ferramentas, mas além de tudo isso é importante que se saiba quando utilizar cada uma dessas formas de percepção para guiar as ações dentro da forma mais adequada aos cenários e aos objetivos pessoais de cada pessoa.
Hábito vs Vícios
A palavra vício tem sua origem no termo em latim vitium, que significa imperfeição, falta. Ao filósofo grego Aristóteles é atribuída uma linha de raciocínio que consiste em separar vícios e virtudes que pode ser bastante útil na compreensão da diferença entre hábitos e vícios. Segundo Aristóteles, as virtudes são aprimoradas e assimiladas pelo ser humano a partir do intelecto, do aprendizado e, sobretudo, do hábito de trabalha-las. Quando a percepção das virtudes e sua utilização cotidiana exacerbam os limites aceitáveis ou ficam abaixo do necessário se configura um vício. Mas o que isso tudo tem a ver com a relação entre hábitos e vícios?
Noção da relação entre os hábitos e as virtudes explica um pouco. A criação e seguimento de hábitos por si só não significa um problema. Todos tem hábitos e isso faz parte da rotina da vida humana no cenário contemporâneo. Cumprir metas e horários, por exemplo, depende de uma série de hábitos já seguidos e comprovadamente eficientes. Imagine não ter como hábito uma hora para acordar ou para sair de casa até o local de trabalho ou estudos, alternando todos os dias?
É bem provável que você sempre chegue ou adiantado demais ou atrasado. Apesar da naturalidade do fato de criar hábitos é sempre importante que se tenha em mente que o que configura um hábito é o fato de que ele é feito de forma consciente e que, a qualquer momento, pode ser alterado diante de uma necessidade ou mudança de contexto. Para trabalhar o mindset ou fazer uma reprogramação mental, por exemplo, é necessária uma série de mudanças de hábitos e uma pessoa precisa estar confortável para alterá-los.
Caso um hábito se torne absolutamente necessário e se apresente como uma condição inexorável, impossível de ser mudado, ele se torna um vício. Um vício torna-se uma condição necessária para a realização de uma atividade e isso pode ter consequências que atrapalham a vida cotidiana de uma pessoa, tanto no aspecto pessoal como no profissional.
Utilizando um exemplo absolutamente banal, mas que pode ajudar na compreensão, imagine que alguém é fã inveterado de determinado esporte que é transmitido na televisão durante a madrugada. Para essa pessoa é normal ter esse hábito, pois ela trabalha durante a tarde e tem tempo para dormir o suficiente sem que isso atrapalhe seu rendimento profissional.
Essa mesma pessoa recebeu uma promoção que incluía um aumento no salário, mas também em sua carga horária de trabalho, fazendo com que ele tenha de trabalhar de manhã. Se assistir seu esporte preferido for apenas um hábito, ela conseguirá mudá-lo para não prejudicar sua rotina, se se tratar de um vício ela se sentirá incapacitada de fazer uma mudança e isso poderá prejudicar seu rendimento profissional. Trabalhar a mente com as técnicas expostas nesse texto é importante também no sentido de conseguir gerenciar hábitos e reverter vícios!
Reprogramação mental funciona?
Sim! A reprogramação mental funciona porque trabalha com as capacidades mentais de maneira natural, nos moldes como ela funciona regularmente, mas com um esforço de controle sobre o processo. Como se dá o processo de aprendizado natural na mente humana? Primeiro é necessária uma percepção atenta e focada no objeto de análise. Depois se compreende que deve se assimilar aquilo, então uma série de procedimentos e formas de agir e pensar são absorvidas.
Então se cria um padrão para a compreensão desses procedimentos e, por fim, se compreende o resultado final. Pois é justamente dessa forma que trabalha a reprogramação mental. Primeiro se compreende qual o objetivo dessa reorganização, o assimila de forma bem fixada e entendida. Depois se projeta maneiras de alcançar esse objetivo, criando métodos e processos para se chegar ao ponto final. Depois se analisa o andamento do processo, assimila os métodos, os torna mais acessíveis a partir da repetição e se chega ao resultado final. Uma das grandes provas do funcionamento da reprogramação mental é justamente o caráter orgânico do processo!
Quais os benefícios da reprogramação mental? – Perder vícios, criar novos hábitos
Bom, como já foi visto até aqui, a mente humana é uma estrutura bastante complexa e com uma variedade bastante extensa de diferentes capacidades. Por outro lado, é também uma estrutura que tende a aperfeiçoar as ações e atividades. Isso pode ser bom ou ruim, dependendo da forma como a utilizamos e controlamos. Por que esse aperfeiçoamento pode ser ruim? Pense em como lemos sinais de trânsito, como interpretamos palavras simples ou mesmo como sabemos quase instantaneamente qual ação cada cor do semáforo indica.
Isso só é possível porque nossa rede neural já está tão acostumada a esses impulsos que os assimilou de forma automática. Claramente os exemplos citados no parágrafo anterior são pontos positivos da capacidade de automatização de nossa mente, imagine ter de relembrar e se esforçar para assimilar essas informações todos os dias? Porém, nosso cérebro também cria padrões para outros hábitos que realizamos de maneira rotineira e, muitas vezes, esses hábitos podem ser um empecilho para uma readaptação ou para alcançar novas metas e objetivos.
Por exemplo, se se trabalha em uma empresa durante vários anos e se cria hábitos muito fixados com sua atividade, mas você muda de emprego ou a empresa altera seu ramo de atuação é natural que seja difícil se readaptar, pois essas atividades estão muito bem fixadas em sua mente. Mas com um trabalho de reprogramação mental, que estimula a plasticidade neuronal (capacidade de readaptação do sistema nervoso a novas ideias, hábitos e atividades) é possível passar por esse processo sem perder produtividade ou alimentar o estresse provocado por mudanças bruscas de contexto.
É por isso que a reprogramação mental é importante e bastante útil para que utilizemos as capacidades de nossa mente de forma inteligente e organizada e assim aproveitando ao máximo as competências de nossa mente.
Reprogramação mental ou PNL
Até aqui foram bastante explorados os conceitos de reprogramação mental e mindset, mas é a primeira vez que o termo PNL vem à tona, portanto, vamos a ele! PNL é uma sigla para Programação Neurolinguística, ou seja, resumidamente é uma noção da programação mental que leva em conta os aspectos neurológicos nela envolvidos e sua manifestação, interna e externa, através da linguística.
O modelo mental de cada pessoa passa pela sua forma de percepção do mundo ao seu redor. Convenhamos que o contexto e o cenário exterior é o mesmo para todas as pessoas, mas mesmo assim, cada um vê e interpreta os acontecimentos de maneiras distintas. Isso ocorre porque cada pessoa tem características e histórias diferentes que a motiva a emitir sinais de percepção (linguística) ao cérebro (neurologia), de maneira referente a essas particularidades.
Em suma o estudo do PNL busca a compreensão de como cada um se percebe e age de acordo com os estímulos do mundo, tendo como base uma dimensão neurolinguística. Com essa compreensão pretende-se trabalhar a reprogramação mental de maneira mais efetiva e ligada aos objetivos desejados.
Quais as principais técnicas de PNL?
Assim como no caso das técnicas apresentadas para a reprogramação mental, as técnicas de PNL envolvem, inicialmente, um esforço de controle mental. Os métodos de PNL podem ser assimilados em algumas etapas:
Compreensão comunicativa- ter a noção de que os aspectos linguísticos, tanto na comunicação mental interna como na externa influi diretamente na forma como os contextos são percebidos e as ações são guiadas.
Entender as formas de percepção- cada um dos cinco sentidos humanos (visão, audição, paladar, olfato e tato) está ligado à forma de “ler” o mundo e é interessante distinguir como cada um afeta a programação mental.
Fixação da memória- associar momentos e memórias agradáveis à situações de bloqueio ou traumas ajuda a superá-las.
Gerenciamento da percepção do tempo- Mário Quintana dizia que “O passado nunca reconhece seu lugar, está sempre no presente”. Essa é uma questão que deve ser controlada para que eventos passados ou futuros não afetem as ações de forma nociva.
Acompanhamento profissional
Vários conceitos sobre o funcionamento e organização da mente foram levantados ao longo do texto. Também foram trazidas à tona alguns métodos de reprogramação mental, mas ainda assim, esses temas tem uma complexidade e abrangência que não cabem em apenas uma leitura! É por isso que os profissionais treinados para trabalhar com a área passam por diversos cursos de aprendizado e preparação para a prática dessas técnicas.
Os resultados dos processos que trabalham com os planos mentais são sempre importantes para a vida pessoal e profissional das pessoas e, por isso merecem atenção capacitada. Nesse cenário, profissionais como Ricardo Peres atuam. Com formação nas áreas de psicanálise, hipnose, PNL, Homeopatia, neurociência e mapeamento cabalístico, Ricardo tem experiência de mais de duas décadas trabalhando em consultório, ministrando cursos e consultorias, amparado por uma bagagem de 30 certificações e 35 cursos realizados! Você confere mais sobre a trajetória de Ricardo Peres e os serviços por ele ofertados clicando no link para seu site oficial.