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Chá de hibisco e creatina faz mal?

Chá de hibisco e creatina faz mal? – Na era das redes sociais e da cultura de exposição da própria imagem nesses espaços, a preocupação com a estética se faz cada vez maior. Por isso, como as pessoas sentem a necessidade de alcançar o físico mais definido possível, percebemos as academias cada vez mais lotadas, além de clínicas de estética formando filas para atender às necessidades de dieta para atingir bons resultados na academia e para resolver questões que sempre causaram incômodo, mas têm suas proporções aumentadas com esse fenômeno. Isso acontece porque as pessoas têm a necessidade de expor ao público o que acreditam ser a melhor versão de si, o que é muito atrelado à estética, principalmente quando se trata de redes sociais que têm como foco principal a foto, resultando, ainda, em outro aspecto cultural da atualidade: a edição das fotos, que gera uma imagem irreal das pessoas, estabelecendo um padrão estético irreal. Além disso, ao acompanharem centenas de outras pessoas nessas redes, o contato contínuo com aqueles cujos corpos são uma espécie de meta traz à tona com muito mais frequência a necessidade de se esforçar para alcançar esse objetivo, o que inicia uma corrida em busca da perfeição. Dessa maneira, ao desejarem potencializar os resultados de seus exercícios físicos e atingi-los de maneira mais rápida e mais eficiente, as pessoas procuram cada vez mais por suplementos que cumpram essa função. Nesse artigo, vamos falar sobre um suplemento muito usado por apresentar resultados de maneira rápida sem comprometer a saúde do atleta, a creatina, e discutiremos, ainda, sobre sua combinação com uma bebida também frequentemente consumida nesse meio: o chá de hibisco.

O que é creatina?

A creatina é uma substância formada por um conjunto de aminoácidos encontrado nas fibras musculares e no cérebro. Tais aminoácidos, considerados não essenciais, são produzidos no nosso próprio organismo, nesse caso, no fígado e nos rins. A quantidade produzida por esses órgãos, entretanto, é considerada apenas metade do necessário para o corpo, sendo a outra metade obtida por meio de ingestão de carne, que é o significado do termo grego kreas, do qual se originou a palavra creatina, ou de suplementação.

Como a creatina funciona o organismo?

Ao ser produzida, a creatina participa do processo de produção de moléculas de ATP (adenosina trifosfato), que armazenam energia em suas ligações químicas, e é transportada pela corrente sanguínea até os tecidos musculares, onde, após ser fosforilada, ela se transforma em uma excelente reserva de energia devido à ligação fosfato, altamente energética. Assim, as pessoas que têm interesse em elevar seus níveis de ATP a fim de aumentar a produção e reserva energética, além de a consumirem por meio da alimentação, procuram pelos suplementos de creatina, muito populares no meio de atletas cujas atividades físicas são intensa e curtas, como os fisiculturistas e os lutadores de jiu-jitsu, muay thay e judô. Ao ser usada por esse tipo de atleta, o suplemento, que pode ser encontrado nas formas de pó, comprimido e cápsula, promove o ganho energia, aumentando a resistência, e fortalece os músculos do atleta, aumentando sua força, além de agir na regeneração muscular, reduzindo o tempo necessário para recuperação de cada exercício, o que provoca melhora no desempenho nas atividades físicas e, consequentemente, melhora nos resultados objetivados.

Creatina faz mal?

Como dito, a creatina é uma substância já presente no organismo e obtida muito frequentemente também por meio da alimentação, o que a configura como segura para a saúde. A suplementação da creatina, portanto, não é prejudicial à saúde, mas pode, sim, causar danos com o consumo indiscriminado e excessivo devido às possíveis alterações muito bruscas nas concentrações da substância, assim como no caso de qualquer outra que não esta. Além disso, é importante frisar que cada corpo tem suas especificidades e algumas, como a tendência a formar pedras nos rins, representam uma contraindicação nesse sentido, pois um dos efeitos da creatina é provoca retenção de água, o que pode agravar esse quadro. Dessa maneira, explicita-se a importância da orientação médica para o consumo não só da creatina, mas também de qualquer outro suplemento ou substância, sendo possível obter os melhores resultados com segurança para a saúde.

O que é o hibisco?

O hibisco, também conhecido como rosa-da-China, mimo-de-vênus, flor-de-graxa, graxa-de-estudante, goela-de-leão, cardado, vinagreira e caruaru-azedo, é uma planta medicinal originária do sudeste asiático, das ilhas polinésias e da China e tem nome científico Hibiscus rosa-sinensis. Apesar de ser nativo da Ásia, é o símbolo do Havaí e passou a ser muito cultivado no Brasil principalmente por causa de suas propriedades, o que se diz ter acontecido por causa dos escravos que para cá vieram, que teriam trazido a planta para território brasileiro. Acredita-se que o consumo da planta tenha ação anti-inflamatória, antioxidante, digestiva e calmante e reduza as taxas de LDL (Low Density Lipoprotein) e triglicérides, promova o equilíbrio hormonal, tenha efeito diurético, ajude no controle dos movimentos intestinais e, ainda, possa ajudar no tratamento de quadros depressivos. A flor do hibisco é muito popular em usos ornamentais, mas é ainda mais procurada por ser à base dela que se prepara o famoso chá de hibisco, cujas propriedades cruzaram fronteiras e chamam muita atenção até hoje.

Quais são as propriedades do chá de hibisco?

Assim, consome-se muito o chá de hibisco com objetivos distintos, sendo os principais deles a perda de peso, gordura e medidas. A famosa bebida de forte coloração vermelha é preparada por meio da infusão da flor de hibisco seca em água e tem diversos benefícios pelos quais passaremos em seguida.

Por ser diurético, o chá aumenta o fluxo urinário, proporcionando uma maior eliminação de sódio, potássio e cloreto no organismo e evitando a retenção de líquidos, o que reduz inchaços e promove, assim, a perda de peso e de medidas. Acredita-se que isso se deve a dois principais fatores: a presença da quercetina, que tem poderosa ação antioxidante, e à possível alteração nos níveis de aldosterona, hormônio secretado pelas glândulas suprarrenais responsável pelo equilíbrio eletrolítico no corpo.

Outra importante propriedade do chá de hibisco que atrai muita atenção é a redução da adipogênese, processo que resulta acúmulo de gordura no corpo, sendo o consumo da infusão um meio de evitar que isso aconteça. O motivo disso é conferido à presença de antioxidantes como a antocianina e a quercetina no ingrediente.

Além dos principais efeitos já citados, a bebida se destaca muito por sua ação antioxidante, que, devido principalmente às anticianinas, aos polifenóis, à vitamina C, ao licopeno e ao beta-caroteno, evita a oxidação de outras moléculas, evitando, assim, a formação de radicais livres e o consequente envelhecimento. A infusão ajuda também no controle do colesterol, aumentando os níveis de HDL (High Density Lipoprotein), conhecido como o bom colesterol, e reduzindo os de LDL (Low Density Lipoprotein), conhecido como o mau colesterol, de maneira a evitar uma série de complicações e doenças. Por fim, a ação bactericida, que se dá por causa dos mecanismos de defesa contra predadores e microrganismos da própria planta.

Chá de hibisco faz mal?

Contendo nutrientes como as vitaminas A, B1, B2 e C, cálcio, ferro, fósforo, potássio e cobre, além do licopeno, das antocianinas e dos polifenois, o chá de hibisco não é prejudicial à saúde, acreditando-se inclusive que ele ajude na melhora das funções cerebrais por causa de B1 E B2, que participam ativamente no processo de metabolismo do oxigênio e da glicose, sendo essenciais para a obtenção de energia pelas células, melhorando a comunicação de neurônios e demais células do corpo. Devido a suas propriedades que o tornam tão atrativo, entretanto, o chá apresenta casos em que é contraindicado, sendo importante a consulta do médico antes de iniciar dietas baseadas nesse consumo.

O primeiro caso é o das pessoas que possuem doenças cardíacas, mais sensíveis a alterações na concentração eletrolítica, o que pode acontecer devido ao aumento da produção de urina, podendo levar a consequências como desidratação, hiper-hidratação e disfunções renais e hepáticas. Em seguida, temos o das gestantes e lactantes, que se deve à presença de hidrocarbonetos policíclicos na infusão, sendo estes associados a malformações congênitas e ao aborto. Além disso, acredita-se que ele estimule a menstruação, o que o torna não indicado para as mulheres com grandes alterações hormonais no período menstrual, porque isso poderia se intensificar. Por fim, o caso dos hipotensos, que devem se atentar ao efeito anti-hipertensivo do chá, que é positivo, mas pode amplificar esta condição em alguns casos. Ademais, é importante frisar que devido a propriedades como o efeito diurético, o consumo do chá de hibisco não é indicado em alguns casos em que seria associado a certos medicamentos, sendo essencial atentar-se a isso.

Tomar creatina e chá de hibisco juntos faz mal para a saúde?

Dessa maneira, temos que o consumo de nenhum dos produtos é prejudicial à saúde do organismo, mas que em ambos casos é de extrema importância a consulta ao médico para que esse consumo seja indicado ou não e, se sim, que seja orientado para que ocorra da melhor maneira para cada caso. Contudo, ao analisar-se as principais características da creatina e do chá de hibisco, temos um primeiro que provoca a retenção de líquidos e um segundo que tem justamente o efeito contrário, impulsiona a eliminação deles, o que, em tese, pode significar a anulação dos efeitos. Também por esse motivo é muito importante a orientação profissional, para que sejam analisados os efeitos e colocado se a associação dos dois é benéfica ou não e, se sim, como deve se dar, de maneira a obter os melhores resultados de maneira mais segura.

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