Como usar creatina sem fazer mal para os rins – Como usar creatina sem fazer mal para os rins
As academias estão cada vez mais cheias e o mercado de suplementos cresce significativamente, movimentando mais de 2 bilhões de dólares no Brasil. Por quê? Um dos principais fatores nessa equação é o boom das redes sociais, principalmente as que têm o foco em fotos, que criou uma cultura de exposição da própria imagem, sendo necessário ser sempre a melhor versão possível de si para apresentá-la ao público, o que inclui os corpos esculpidos que deseja-se mostrar. Esse fenômeno, além disso, trouxe também uma leva de influenciadores digitais, incluindo os do segmento do lifestyle fitness, que aproximam a rotina da malhação e a possibilidade do corpo de capa de revista às pessoas comuns, tendo esse corpo deixado de pertencer apenas ás pessoas da grande mídia tradicional, o que tem influência diária na vida das pessoas.
Assim, passa a ser também cada vez mais comum o uso dos suplementos esportivos, que aceleram e potencializam os resultados obtidos com os treinos, mas é importante lembrar que esse consumo deve ser feito de maneira responsável, preservando a saúde. Por esse motivo, nesse artigo daremos ênfase na suplementação de creatina e seus efeitos nos rins, falando sobre o que é a creatina, como a creatina funciona no organismo e o sistema urinário e a função dos rins, e respondendo a questões como “Qual é o efeito da creatina nos rins? Ela faz mal?” e “Como usar a creatina de maneira segura para a saúde dos rins?”.
O que é a creatina – Como usar creatina sem fazer mal para os rins
A creatina é uma substância formada por um conjunto de aminoácidos encontrado nas fibras musculares e no cérebro. Tais aminoácidos, considerados não essenciais, são produzidos no nosso próprio organismo, nesse caso, no fígado e nos rins. A quantidade produzida por esses órgãos, entretanto, é considerada apenas metade do necessário para o corpo, sendo a outra metade obtida por meio de ingestão de carne, que é o significado do termo grego kreas, do qual se originou a palavra creatina, ou de suplementação.
Como a creatina funciona no organismo – Como usar creatina sem fazer mal para os rins
Ao ser produzida, a creatina participa do processo de produção de moléculas de ATP (adenosina trifosfato), que armazenam energia em suas ligações químicas, e é transportada pela corrente sanguínea até os tecidos musculares, onde, após ser fosforilada, ela se transforma em uma excelente reserva de energia devido à ligação fosfato, altamente energética. Assim, as pessoas que têm interesse em elevar seus níveis de ATP a fim de aumentar a produção e reserva energética, além de a consumirem por meio da alimentação, procuram pelos suplementos de creatina, muito populares no meio de atletas cujas atividades físicas são intensa e curtas, como os fisiculturistas e os lutadores de jiu-jitsu, muay thay e judô. Ao ser usada por esse tipo de atleta, o suplemento, que pode ser encontrado nas formas de pó, comprimido e cápsula, promove o ganho energia, aumentando a resistência, e fortalece os músculos do atleta, aumentando sua força, além de agir na regeneração muscular, reduzindo o tempo necessário para recuperação de cada exercício, o que provoca melhora no desempenho nas atividades físicas e, consequentemente, melhora nos resultados objetivados.
O funcionamento do sistema urinário e a função dos rins
O sistema urinário, como o próprio nome indica, é o conjunto dos órgãos envolvidos nos processos de formação, armazenamento e eliminação da urina, que é um subproduto líquido orgânico composto por substâncias nocivas ou inúteis ao corpo, assim sendo eliminadas por ele. Compondo o sistema, o aparelho urinário é constituído pelo par de rins, pelos dois ureteres, pela bexiga e pela uretra e é responsável por reunir as excretas, que são os resíduos dos metabolismos celulares e as substâncias em excesso no sangue, formando a urina, e eliminá-la do organismo.
Os rins são ligados ao sistema circulatório pela artéria e pela veia renal, de onde vem o sangue, que é filtrado em unidades renais chamadas néfrons, o que resulta em um sangue livre das substâncias indesejadas, como a amônia, a ureia e o ácido úrico, e na urina, formada por estas e por possíveis quantidades de água excedentes. Assim, a urina segue por canais chamados ureteres até a bexiga, onde o subproduto fica armazenado até que se acumule volume suficiente para estimular os sensores nervosos de sua parede muscular. Quando estes são estimulados, o esfíncter, músculo que controla os movimentos da bexiga, se contrai, empurrando o líquido pela uretra, de onde ele é expelido do corpo.
Qual é o efeito da creatina nos rins? Ela faz mal?
Como sabe-se que a formação da urina depende das substâncias que o corpo precisa eliminar, a creatina pode aumentar a produção e a consequente eliminação de urina, pois gera energia fornecendo o fósforo para as moléculas de ATP, transformando-se em creatinina, substância que não é útil mais ao organismo. Assim, devido à presença dessa substância que o organismo não aproveita, ele provoca estímulos que geram sede para que seja ingerida uma maior quantidade de água a fim de facilitar sua eliminação na urina, sendo produzida mais urina devido ao maior consumo de água. Essa condição, entretanto, pode se manifestar em alguns e não aparecer em outros casos devido às diferentes maneiras que os organismos reagem às diferentes substâncias, sendo importante lembrar, ainda, que ela acontece na maior parte das vezes no período inicial do consumo da creatina, em que o corpo ainda está se adaptando ao seu aumento.
Como usar creatina sem fazer mal para os rins
Apesar da possível maior ingestão de água, o que seria positivo para as pessoas que têm tendência à formação de pedras nos rins, já que ela se dá devido à dificuldade de filtração renal devido a quantidades de água insuficientes, o consumo de creatina é considerado um fator de risco nesses casos.
Isso acontece porque a creatina aumenta a capacidade de absorção de água das células, o que pode aumentar a retenção dos líquidos, de maneira que eles passam a permanecer no corpo em vez de compor a urina, facilitando o processo de filtragem. Assim, as pessoas que não têm tendência à formação de cálculos renais, de maneira geral, não terão problemas nos rins causados pelo consumo da creatina, mas as que apresentam essa tendência podem vir a ter.
Como usar a creatina de maneira segura para a saúde dos rins?
Dessa maneira, se faz extremamente necessário atentar-se aos possíveis efeitos do produto que será consumido, nesse caso a creatina, e fazer uma análise de ação dele no organismo levando em consideração as características próprias do corpo. Tanto para o uso da creatina, quanto para o dos demais suplementos ou de substâncias inseridas artificialmente no corpo, é preciso consultar um médico para que ele possa identificar as características próprias de cada corpo e analisar o que pode e o que não pode ser consumido de acordo com isso para preservar a saúde e ainda obter melhores resultados. Assim, para usar a creatina de modo seguro para os rins, é de extrema importância a consulta médica para indicar ou contraindicar o produto e determinar as quantidades e maneiras mais adequadas de fazer consumo. Além disso, é importante lembrar que para evitar a formação de problemas como os cálculos renais é recomendada a ingestão de muita água, auxiliando os rins a exercerem suas funções.
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